Bia Fraga e Andrea Fraga na noite de abertura do 31º Festival de Dança de Joinville. |
Pensei em algum texto que pudesse mostrar o quanto as nossas mães são importantes para nós, afinal ser mãe de bailarina não é uma tarefa fácil! Vai além do levar, do buscar, do esperar o final do ensaio, de estar sempre apoiando, fazendo uma massaginha top, ajudando com o figurino, levando um lanchinho básico no intervalo Enfim, já deu pra perceber que é muita coisa não é?!
São tantas coisas para agradecer a todas elas que foi difícil escolher apenas uma mensagem que pudesse retratar esse sentimento, mas eu achei uma. Esse texto é de uma aluna de contemporâneo da Escola do Teatro do Bolshoi no Brasil (ETBB), onde Kauane Leite nos conta um pouquinho do que ela pensa sobre o assunto...
Olha que belezinha..
"Os pés doem, a cabeça gira e o corpo implora por um abraço. Durante um dia inteiro, do corpo foi exigido e ele, sem pensar duas vezes, seguiu os comandos da mente e se deixou levar pela arte de produzir movimentos. O que ele mais quer depois de um dia de aulas e ensaios? Simplesmente aquele olhar sincero transbordando amor e apoio.
Este olhar pode ser expresso através de um abraço, de um sorriso, de um beijo estralado...ou então, de um simples “preparar o jantar”, “lavar o colant”, “carregar as sapatilhas”. Desde que seja da minha mãe, o olhar aquece meu coração de bailarina. (...)
Mas isso não é nada perto do que elas são capazes de fazer. Não fazem plié, mas se agachariam quantas vezes necessárias para juntar nossas bagunças. Não giram pirueta, mas giram o mundo por festivais, cursos e apresentações ao nosso lado. Não contam a música, mas muito já nos embalaram com canções até que dormíssemos. Não têm bolhas nos pés, mas são elas que sentem as dores por nós. Não fazem grandes saltos, mas sem dúvidas alguma, nos dão o impulso maior para que possamos voar.
Ser mãe de bailarina é dançar com a alma. Dançar com o amor que elas nos transmitem a cada momento. Dançar de maneira, a estar entregue a qualquer necessidade nossa. Ser mãe de bailarina é sentir orgulho e transformá-lo em incentivo. Ser mãe de bailarina é ter a confirmação de que nós, bailarinos, além de felizes pela presença delas, somos eternamente gratos por cada olhar, seja ele expresso da maneira que for.
Sendo assim, movida por saudade e amor, declaro oferecido a ti, mãe, o que mais gosto de receber ao fazer o que me faz bem: aplausos, aplausos e aplausos. Aplausos à minha e a todas as mães de bailarinos. E não para por aí: declaro oferecido a vocês, pelo menos metade de todos os aplausos que recebemos e ainda iremos receber ao longo de nossas vidas dançantes, como forma de gratidão e reconhecimento por tudo que fazem e, se não for pedir muito, ainda farão por nós."
Texto de Kauane Leite, 16 anos, aluna da ETBB.
E dessa maneira a gente encerra por aqui, aplaudindo todas as mães de bailarinos... que são nosso suporte para que tudo aconteça. Um agradecimento especial para minha mãe que é minha companheira, que se aventura comigo pelos palcos que a vida nos apresenta.Que me ensina dia a dia que os nossos sonhos são possíveis e que juntas podemos enfrentar todos os obstáculos que nos são colocados!
Beijo gente!
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