Achei uma reportagem muito legal em um site, fala sobre a dúvida que muitas pessoas com mais idade tem ao entrar no ballet..."Independente da idade, a dança clássica contribui para o equilíbrio do corpo e da mente.
Geralmente, quando se pensa em balé, vem logo à mente a imagem de uma bailarina jovem e esbelta, esbanjando leveza e graciosidade em suas piruetas pelo ar. A gravidade simplesmente parece não existir para elas. Mas, quem disse que para ficar na pontinha dos pés é preciso ter menos de 20 anos?
Longe de ser uma dança voltada apenas para garotas de ´tutu´ cor-de-rosa e esvoaçante, o balé é uma atividade praticada por muitos adultos. E, antes que passe por sua cabeça outras idéias - ´Ah! São todos praticantes desde criança´ - é melhor ir procurando outra desculpa para não dançá-lo. Mulheres e homens das mais diversas faixas etárias, com ou sem experiência, vêm descobrindo na maturidade os prazeres dessa arte renascentista, que preza pela suavidade e equilíbrio entre corpo e mente.
´Quando decidi retomar o balé aos 40, algumas pessoas acharam totalmente fora de foco, mas não tive nenhum preconceito comigo mesma. Na sala de aula, quando estou dançando, me sinto jovem e parece até que os anos não passaram´, conta a pedagoga Myrsa Silva que, na adolescência, chegou a dançar balé, e , devido a vários motivos, teve que deixar. Como amor antigo sempre volta, hoje ela faz aulas ao lado da filha Catherine, também bailarina. E conclui: ´O balé me tornou uma pessoa mais leve e feliz com a vida´.
Segundo a professora e bailarina Goreti Quintela, não existe uma idade certa para fazer a atividade. ´Tenho aluna até de 52 anos. No geral são mulheres bem-resolvidas que trabalham ou têm qualquer outra atividade . Estão lá pelo puro prazer de dançar´, ressalta.
A professora destaca, ainda, que a forma como a dança é trabalhada com alunos maiores de 30, diferencia-se da ensinada nas turmas infanto-juvenis: ´Respeitamos as limitações físicas de cada um, por isso realizamos adaptações na metodologia de ensino destinada a esse público´.
Madiana Romcy, professora e bailarina, faz considerações sobre as turmas mais maduras: ´Até a linguagem é diferente. O iniciante adulto tem mais paciência e disciplina que os mais jovens´, conta.
Tamanha dedicação desses alunos, reflete-se na saúde. Aliás, muitos são os benefícios trazidos pela prática ao organismo. Além de melhorar a postura, possibilita um maior equilíbrio, força e flexibilidade das musculaturas das pernas e dos braços. Exercita a capacidade de concentração e promove sensação de bem-estar e relaxamento.
Conforme Goreti Quintela, a dança clássica tem um estilo delicado e feminino, contribuindo para um resgate do lado positivo da vaidade: ´Noto uma diferença muito grande no comportamento dos meus alunos à medida em que mergulham no mundo do balé. Eles se tornam mais alegres e falantes. Sinto que a auto-estima deles é revigorada´, comenta.
´Aos 22 anos, comecei a dançar balé para recuperar a leveza dos movimentos da minha musculatura. Queria retornar à capoeira, que já praticava há alguns anos. Mas, fiquei tão encantado com tudo, que permaneci por lá´, relata o pastor e estudante de Direito Wagner Cruz, 29 anos. Embora seja apaixonado pela dança, Wagner deixou de praticá-la há quase um ano e meio. A principal razão que o forçou a parar foi a dedicação ao seu projeto Lar Vila Feliz, o qual já existe há sete anos e tem a finalidade de cuidar de crianças vítimas de Aids. Isso não o impede de aplicar algumas técnicas de respiração que aprendeu na época em que dançava.
Para Madiana Romcy, o balé é uma arte que une em sua composição, música clássica e performance teatral. ´Todos os espetáculos têm uma história. Em Quebra-Nozes e Lago dos Cisnes, por exemplo, o bailarino tem que encenar em gestos e expressões, as emoções das personagens, para que o publico as entenda´, finaliza a bailarina cearense."
do site: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=547939
Imagem retirada do blog: http://vivenciasdebailarina.blogspot.com.br/2011/12/ballet-para-adultos-pode.html
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